Mulheres no esporte e a corrida por equidade

 

O despertador toca e começa a corrida: toma banho, escova os dentes, salta no elevador, liga o carro, encara o trânsito, chega ao trabalho, bate o ponto, lê e-mail, lidera reunião, almoça, responde o Whats, retoma as tarefas, finaliza projetos, bate o ponto, liga o carro, encara o trânsito e chega em casa. No lar doce lar, uma montanha de pendências e uma dúvida: colocar o tênis de corrida ou adiantar as tarefas domésticas?

Construído em bases masculinas, o universo do esporte foi sustentado por séculos a partir do afastamento, exclusão e silenciamento das mulheres. Consideradas frágeis e vulneráveis, sobrava às meninas o direito (e a obrigação) de se dedicarem à vida doméstica e às funções maternas e do cuidado familiar.

Neste artigo, traçamos uma pequena linha do tempo da relação do esporte com as atletas, profissionais ou amadoras, para demonstrar como a questão de gênero atravessa nossa sociedade há gerações. E como bônus, compartilhamos um bate-papo com uma mulher inspiradora.


O esporte feminino na história

Em Atenas, os Jogos Olímpicos da Antiguidade (a partir de 776 a.C.) vetavam a participação feminina, tanto ativa (competidoras) quanto passiva (espectadoras). Na época, ideais de força, competitividade, agilidade e outras aptidões físicas eram características que se entendiam inerentes ao sexo masculino.

No Brasil, durante boa parte do século 20, a legislação proibia certas práticas esportivas às mulheres. Em 1965, por exemplo, o Conselho Nacional dos Desportos da Ditadura Militar decidiu que

“Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo-aquático, pólo, rugby, hanterofilismo e baseball.”.

Outro fato relevante, e na mesma medida surpreendente, diz respeito às primeiras medalhas olímpicas conquistadas por nossas atletas, apenas em 1996: duas no vôlei de praia, com Jacqueline Silva e Sandra Pires (ouro), Adriana Samuel e Mônica Rodrigues (prata), uma no vôlei de quadra (bronze) e mais uma no basquete (prata).


Trajetórias inspiradoras

Apesar da insegurança, do preconceito, da opressão e da falta de incentivo histórico, algumas mulheres superaram esses e outros limites impostos pela dinâmica social.

A Josy Perozzo, corredora apaixonada, embaixadora regional da Authen e fundadora da Gurias na Corrida, é um desses grandes exemplos para diversificar os ambientes e quebrar estereótipos.

“Eu fui aquela adolescente que odiava as aulas de educação física. Quase reprovei no ensino médio nessa disciplina. Vôlei, basquete, nunca me motivaram. Mas na 8ª série tive o primeiro contato com a corrida num exercício de resistência. Na fase adulta, me apaixonei pela musculação. Só que com a rotina de viagens a trabalho era difícil manter os treinos. Foi quando comecei a prestar atenção na corrida”, conta Josy, hoje com 49 anos.

No decorrer de nossa conversa descontraída, a atleta e empreendedora explica que os primeiros trotes foram impulsionados por uma cliente. Logo depois, já participou de uma prova de 4 km em Porto Alegre, capital gaúcha.

De acordo com Josy, “O maior desafio para a mulher atleta é conciliar a rotina de treinos, trabalho, casa, família, filhos, estudos e tudo o que a vida moderna proporciona.”. Destaca, ainda, que nunca é tarde demais para o primeiro passo: “Comecei a correr aos 39 anos, fiz duas grandes transições de carreira após os 40.”, finaliza sorridente.


Atualmente, as meninas, garotas, gurias e mulheres têm conquistado novos espaços, dando visibilidade a pautas e direitos até então invisibilizados. Projetos sociais e iniciativas coletivas tentam contornar os recursos públicos escassos e a falta de incentivo à inclusão feminina pelo esporte.

Além de atletas, elas são dirigentes, árbitras, narradoras e jornalistas. Mulheres que ousam ter voz e vez. Mulheres que expiram para inspirar.

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