Mulheres no esporte e a corrida por equidade
O despertador toca e começa a corrida: toma banho, escova os dentes, salta no elevador, liga o carro, encara o trânsito, chega ao trabalho, bate o ponto, lê e-mail, lidera reunião, almoça, responde o Whats, retoma as tarefas, finaliza projetos, bate o ponto, liga o carro, encara o trânsito e chega em casa. No lar doce lar, uma montanha de pendências e uma dúvida: colocar o tênis de corrida ou adiantar as tarefas domésticas? Construído em bases masculinas, o universo do esporte foi sustentado por séculos a partir do afastamento, exclusão e silenciamento das mulheres. Consideradas frágeis e vulneráveis, sobrava às meninas o direito (e a obrigação) de se dedicarem à vida doméstica e às funções maternas e do cuidado familiar. Neste artigo, traçamos uma pequena linha do tempo da relação do esporte com as atletas, profissionais ou amadoras, para demonstrar como a questão de gênero atravessa nossa sociedade há gerações. E como bônus, compartilhamos um bate-papo com uma mulher inspiradora. O