Corrida Internacional de São Silvestre: histórias, curiosidades e muitas conquistas


15 quilômetros separam o ponto de partida da linha de chegada. Mas essa história começa bem antes. São meses e mais meses de preparação, treinos exaustivos, suor na camiseta e a convicção inabalável de que cada passo vale a pena. Um tempo para conhecer e superar os próprios limites.

Sendo a competição de rua mais famosa do Brasil e considerada a mais importante da América Latina, a Corrida Internacional de São Silvestre movimenta milhares de pessoas todos os anos, sempre no dia 31 de dezembro.

Neste conteúdo, resgatamos um pouco dessa grande história, trazemos algumas curiosidades e outros números impressionantes. Confira abaixo:


As primeiras décadas

Tudo começou em 1924, quando o jornalista Cásper Líbero acompanhou uma corrida noturna em solo francês. Nela, os competidores carregavam durante o percurso tochas de fogo (!). Com essa inspiração europeia, associada ao êxito de outras provas realizadas na capital paulista no começo do século 20, Cásper Líbero organiza a primeira Corrida de São Silvestre para o ano seguinte.

Em 1925, a prova inaugural conta com 60 atletas inscritos, sendo que 48 compareceram e 37 foram considerados classificados pelo regulamento, ou seja, ultrapassaram a linha de chegada em até três minutos após o vencedor, o paulista Alfredo Gomes.

A hegemonia de São Paulo perdurou por 16 anos, até 1941, com a vitória do mineiro José Tibúrcio dos Santos. Inclusive, nas primeiras 20 edições só eram permitidos atletas brasileiros. Em 1945, participaram fundistas do Chile e do Uruguai.

Com o passar dos anos, a São Silvestre ganha notoriedade, e a procura por inscrições só aumenta. A organização decide então restringir o número de participantes a partir de 1948. Cada estado podia enviar apenas um representante e São Paulo tinha direito a 250 corredores, todos selecionados a partir de provas preliminares. Os estrangeiros participavam de classificatórias em seus países de origem ou recebiam convite especial da competição.


Mudanças e uma prova em constante movimento

Em 1975, as mulheres participam da prova pela primeira vez. Foram 17 inscritas, largaram 14 e 12 terminaram o trajeto, com a vitória da alemã Christa Valensieck. Cinco anos depois, em 1980, o pernambucano José João da Silva quebra o maior jejum sem vitórias do Brasil — longos 34 anos.

Uma informação que poucos sabem ou lembram: a maioria das edições da Corrida Internacional de São Silvestre ocorreu à noite. Apenas em 1989 a São Silvestre passa da noite para o dia. Já em 2012, temos a primeira disputa pela manhã, o que perdura até hoje.

O percurso e a quilometragem sofreram mudanças ao longo destes quase cem anos. Inicialmente, eram pouco mais de 8 quilômetros. Em 1991, por exemplo, passamos de 12,6 quilômetros para os atuais 15, possibilitando que a São Silvestre integrasse o calendário de provas de rua da World Athletics, na época Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês).

A partir de 1994, a São Silvestrinha, competição infantojuvenil voltada para jovens entre 6 e 17 anos, surge como nova atração. Os percursos variam de 50 metros a 800 metros, conforme a categoria.

Antenada ao contexto social e tida como uma grande festa da inclusão, aberta aos mais diferentes públicos, a Corrida de São Silvestre também acolhe competidores com deficiência, em pelotão único posicionado à frente do Pelotão Geral.


Números e curiosidades

• Origem do nome: o Dia de São Silvestre é comemorado anualmente em 31 de dezembro, mesmo dia da corrida. Silvestre foi papa de 31 de janeiro de 315 até 31 de dezembro de 335.

• 1972, nossa pior classificação: no começo da década de 1970, Irides Silva, o brasileiro melhor colocado, amargou o 17º lugar.

• Únicos vencedores nos dois turnos: o equatoriano Rolando Vera ganhou a São Silvestre por quatro anos consecutivos, de 1986 a 1989. Em 1988, tivemos a última edição noturna; já em 1989, a primeira diurna. A fundista Martha Tenório, conterrânea de Vera, também conquistou uma edição noturna (1987) e uma diurna (1997).

• O maior atleta brasileiro da competição: natural de Brasília, Marílson Gomes dos Santos é o único tricampeão brasileiro da Corrida de São Silvestre, com vitórias em 2003, 2005 e 2010.

• Os maiores atletas da competição: a lenda queniana Paul Tergat subiu ao lugar mais alto do pódio em cinco oportunidades, 1996, 1998, 1999 e 2000. Já no feminino, temos a portuguesa hexacampeã Rosa Mota, que venceu, ininterruptamente, de 1981 a 1986.

• Recordes de tempo: a queniana e campeã dos Jogos Olímpicos do Rio, Jemima Jelagat Sumgong, bateu o recorde feminino em 2016, com impressionantes 48min35s. No masculino, o também queniano Kibiwott Kandie ultrapassou a linha de chegada em 2019 após 42min59s de prova.

• Os maiores vencedores entre os países: diferente do que o senso comum pode apontar, o Brasil lidera o ranking masculino com 29 campeões, seguido pelo Quênia, com 14. Já do lado feminino, são 12 conquistas quenianas contra sete de Portugal.


A Corrida Internacional de São Silvestre aproxima atletas, entusiastas do esporte e população em geral. Um evento quase centenário, marcado por personagens encantadores. E como toda grande festa, há muita diversão: algumas fantasias criativas, risadas e alto-astral. Um jeito bem brasileiro de acabar o ano, mirando os próximos meses.

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